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RESUMO

O presente trabalho trata da presença de homens vestidos de mulher na cena pública soteropolitana: o transvestismo como oportunidade para desconstruir polaridades de Gênero. Trata-se de uma abordagem etnográfica, misturando reflexões sobre etnografia e travestismo, para pulverizar e re-significar as performances ditas marginais no âmbito das revisões de perspectivas e de assuntos nas artes cênicas no Brasil. Sendo uma autoetnografia transformista: onde a escritura encontra a performance, este estudo comporta trejeitos da escrita performativa, para tentar atender o "ser" da performance, assim como a ontologia da performance, ou seja, a representação sem reprodução. Considera ainda a performance do desaparecer e, ao escrever sobre o indocumentável evento da performance, tem consciência de que altera o próprio evento. Assim, também compreende: os Rastros do Desaparecimento, a Presença do Corpo em Performance, o Cross-dressing ou Transvestismo ou Transformismo, a Política/Poética Camp, Alteridade, ou as representações transnacionais do feminino coreográfico, uma grafia acerca dos Global Queerscapes, a drag queen na atualidade soteropolitana, em uma Epistemologia Drag, assim como, Nacionalidade, Transformismo e Homocultura nos cortejos e movimentos políticos públicos, em Salvador, e sua aproximação com a figura icônica da Carmem Miranda, que tem sido apropriada por homossexuais transvestidos, em todas as latitudes, como o epítome camp, o excesso e da frescura internacionais.

Palavras-chave: Corpo; Performance; Desaparecimento; Cross-dressing; Transvestismo; Transformismo; Etnografia Camp; Alteridade; Representações transnacionais; Feminino coreográfico; Queerscapes; Drag Queen e Homocultura em Salvador - Bahia - Brasil - Ocidente.

240 páginas.

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